quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Biogás: A Energia Que Vem do Lixo
Pegando o embalo do caso do complexo do Shopping Center Norte, em São Paulo, que possui grande concentração de gás metano em seu subsolo, e consultando especialistas no assunto, pode-se perceber que esse gás, que é proveniente do lixo em decomposição, tem grande potencial energético.
Segundo dados do site da organização Eco Desenvolvimento, é desperdiçada anualmente uma quantidade de energia que pode abastecer aproximadamente 18 milhões de residências.
Estimativas divulgadas pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) mostram que o Brasil gerou mais de 57 milhões de toneladas de resíduos sólidos em 2009, um crescimento de 7,7% em relação ao volume do ano anterior. Só as capitais e as cidades com mais de 500 mil habitantes foram responsáveis por quase 23 milhões de toneladas de Resíduos Sólidos Urbanos no ano. Agora imaginem todo esse material considerado lixo se tornando energia?!
De acordo com o estudo do potencial da geração de energia renovável proveniente dos “aterros sanitários” nas regiões metropolitanas e grandes cidades do Brasil, da Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiróz” da Universidade de São Paulo) o biogás é formado pela decomposição de resíduos orgânicos depositados nos aterros e lixões, e tem como um dos seus principais componentes o gás metano, que é um dos principais causadores do efeito estufa.
Para realizar a transformação do biogás em energia é necessário realizar um estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental, e o custo da implantação de um empreendimento deste tipo pode ser muito variável. Abandonar o que estamos acostumados nem sempre é fácil. Ainda mais se nesse caso, para adquirir novos hábitos, precisemos pagar mais. É esse o perfil mundial no caso da energia.
Transformando lixo em energia
Antes de transformar o biogás extraído da decomposição da matéria orgânica presente no lixo em energia, deve-se lembrar que é necessário criar todo um sistema de drenos para a sua captação. Outros pontos importantes a serem levados em consideração antes da conversão são o teor reduzido de metano no biogás em comparação ao gás natural e as impurezas presentes que, dependendo da concentração, deverão ser tratadas. Finalmente, para gerar energia serão necessários diversos equipamentos como, por exemplo, caldeira, turbina, trocadores de calor, transformadores e subestação de energia, além de dispositivos de segurança.
Autora: Adriana Minhoto, E Esse Tal Meio Ambiente?
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Bolsa Verde beneficiará familias carentes que preservam áreas ambientais protegidas onde residam
A lei que cria o Programa de Apoio à Conservação Ambiental, conhecido como Bolsa Verde, que faz parte do Plano Brasil sem Miséria do Governo Federal, entrou em vigor no dia 17/10/2011, Dia Mundial de Combate à Pobreza. No Amazonas, a primeira fase do programa vai beneficiar 1.112 famílias que residem em Unidades Federais de Conservação de Uso Sustentável e projetos de assentamento da reforma agrária.
O Bolsa Verde vai pagar R$ 300 por trimestre a famílias em situação de extrema pobreza que vivam em unidades de conservação e desenvolvam ações para preservá-las. O primeiro pagamento será efetuado em outubro. O recurso será pago pela Caixa Econômica Federal.
Em todo o Amazonas, existem 32 Unidades de Conservação pertencentes à União, o que corresponde a 15% do território do Estado. Nessa primeira fase, o Bolsa Verde vai alcançar oito destas unidades e seis programas de assentamento. Em todo o país, o programa federal pretende atender 75 mil famílias, com recursos da ordem de R$ 240 milhões, até 2014.
Para receber o benefício, as famílias devem fazer parte do cadastro único para programas sociais do governo federal e desenvolver atividades de conservação nas áreas previstas. A família também deverá estar inscrita em cadastro a ser mantido pelo Ministério do Meio Ambiente e aderir ao Programa de Apoio à Conservação Ambiental por meio da assinatura de termo de adesão. A transferência dos recursos será feita por até dois anos, podendo ser prorrogada.
Entre as áreas de conservação abrangidas pela lei estão florestas nacionais, reservas extrativistas e de desenvolvimento sustentável federais; projetos de assentamento florestal, agroextrativista e projetos instituídos pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Estão incluídos também territórios ocupados por ribeirinhos, extrativistas, populações indígenas, quilombolas e outras comunidades tradicionais.
Fonte: Intituto Estadual de Florestas, G1, Esse tal meio ambiente.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
FLONA Passo Fundo
No dia 24/09 os alunos do 2º semestre do curso de Gestão Ambiental da Faculdade Ecoar, Faeco, realizaram uma aula de campo na Floresta Nacional de Passo Fundo (FLONA) com o acompanhamento do professor de Educação Ambiental Glauco Polita. O objetivo da visita foi conhecer as atividades realizadas pelos gestores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) dentro da floresta, assim como sua história e a diversidade que ela comporta.
Os alunos tiveram a oportunidade de realizar uma trilha guiada pelo gestor Remi O. Weirich do ICMBio, onde durante a caminhada os alunos conheceram a história da UC, que no passado tinha como principal fonte de exploração a madeira, sendo a principal espécie explorada a Araucaria angustifólia. Durante a saída a campo foi possível visualizar pegadas de animais silvestres, habitantes da FLONA e que estão sofrendo com diversas ameaças.
A Floresta Nacional de Passo Fundo - ICMBio, é uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável, que tem como objetivo básico compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela de seus recursos naturais. Com uma área de 1.328 há a floresta mescla uma predominância de mata nativa com espécies exóticas como pínus e eucalipto, onde estas gradativamente deverão ser substituídas por espécies nativas.
Na oportunidade os alunos puderam ter acesso a informações quanto aos potenciais e os inúmeros conflitos, sendo estes das mais variadas ordens.
Ficou claro para todos que é possível conciliar o desenvolvimento econômico, com a proteção ambiental, bem como o uso sustentável dos recursos naturais.
Texto: Ricardo Assumpção
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Nome: Curt Trennepohl – Presidente do IBAMA. Função: Falar asneiras.
Quando assumiu a presidência do IBAMA no começo desse ano, Curt Trennepohl disse em entrevista a revista Exame que, em relação ao licenciamento da Hidrelétrica Belo Monte, faria o que a lei manda, analisando o impacto ambiental sem paixão e sem ater-se à questões de conveniência ou oportunidade. Pouco tempo depois, o Órgão concedeu uma Licença Parcial para instalação do canteiro de obras da usina, o que fez com que entidades reagissem, afirmando que a Licença Parcial não existe dentro do direito ambiental brasileiro.
Já era de se esperar que após a renúncia de Abelardo Azevedo, que não cedeu as pressões do governo para conceder o licenciamento a Belo Monte, o novo presidente do IBAMA seria bem menos rígido, e que abaixaria a cabeça diante da pressão. Foi o que então fez Curt Trennepohl, fazendo seu papel e concedendo a licença.
Curt Trennepohl é advogado e, antes de assumir a presidência do IBAMA, ocupou vários cargos dentro do órgão desde 1990, e sempre foi considerado um excelente técnico, e uma autoridade em direito ambiental. Apesar de ter jogado metade de sua reputação fora com a concessão do licenciamento da Belo Monte, o presidente do IBAMA parece não ter ligado muito, tendo jogado o restante de reputação que tinha após conceder entrevista ao programa 60 Minutes, da TV Australiana.
Perguntado pela jornalista Allison Langdon se seu trabalho não era cuidar do meio ambiente, o presidente do IBAMA afirmou que não, que seu trabalho é minimizar os impactos. A jornalista australiana foi mais incisiva e questionou Curt Trennepohl sobre quem cuida do Meio Ambiente no Brasil se o órgão responsável por isso não o faz. O renomado técnico se limita, porém, a responder que o problema é o que o Brasil precisa de energia.
Curt Trennepohl ainda afirma que nenhuma tribo indígena será atingida, e que nenhum rio secará. Me parece que o presidente do IBAMA desconhece a realidade do projeto de Belo Monte, e que a estimativa é de que 20 mil pessoas terão que mudar-se da área da construção da hidrelétrica, além de que cerca de 100 km de rio irão secar.
Como sabemos, a pior parte de uma entrevista aparece quando a câmera é desligada ou retirada do local, mas por sorte, nesse caso, o microfone não foi, e essa foi a pior parte da entrevista de Trennepohl ao 60 Minutes australiano:
Curt Trennepohl: Vocês têm os aborígenes na Austrália e não os respeitam.
Allison Langdon: Então você vai fazer com os indígenas o que nós fizemos com os aborígenes?
Curte Trennepohl: Sim, sim.
Allison Langdon: Você vai?
Curt Trennepohl: Sim.
Um pouco de história
Em meados dos anos 1900, com a Austrália já independente da Inglaterra, a discriminação racial contra qualquer indivíduo que não fosse de ascendência inglesa continuava. Entre 1910 e 1970, o governo da Austrália retirou cem mil crianças aborígenas – a maioria de pele clara – dos pais e internou-as em centros educativos para incutir nelas a cultura ocidental. Os australianos chamam de “geração roubada” a essas crianças.
Por volta de 1965, a população de aborígenes puros chegava a pouco mais de quarenta mil, pois foram massacrados pelos colonizadores e expulsos das terras produtivas, migrando para regiões desérticas ou para o norte da Austrália. Os soldados ingleses visitavam localidades aborígenes oferecendo presentes, artefatos e outras coisas de interesse da aldeia. E a festa acontecia, enquanto outros soldados envenenavam com arsênico a comida e toda a água potável que eles tinham. Vilas inteiras aborígenes foram dizimadas pelo uso de arsênico. (fonte: Wikipédia)
Função: Falar asneiras
O peso das declarações do presidente do IBAMA tem que ser mensurado, ele deve explicações sobre suas palavras e, se cabível, dever ser responsabilizado. Trennepohl foi preconceituoso e, de certa forma, incitou a violência contra os povos indígenas, ao afirmar que faria a mesma coisa que os australianos fizeram com os aborígenes.
A sociedade brasileira não pode ficar calada diante das atrocidades ditas pelo presidente do IBAMA, devemos lhe cobrar explicações, e cobrar dos órgãos competentes que responsabilize o Senhor Curt Trennepohl por suas palavras.
Pedimos que divulguem essa notícia em suas redes, para seus amigos, é importante que o cidadão brasileiro saiba quem o está representando.
Autor: Danilo Rocha, blog "E Esse Tal de Meio Ambiente" 26/07/2011
quinta-feira, 23 de junho de 2011
Brasil anuncia preparativos para a Cúpula da Terra - Rio 2012
Rio+20
Imagem: ©Rio+20.
Com a apresentação de uma Comissão Nacional e um Comitê Organizador especialmente criados para o evento, o governo brasileiro deu um passo fundamental para selar seu compromisso com a nova edição da Conferência para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, 20 anos depois da história Cúpula da Terra de 1992, a ECO-92.
A cúpula, que reunirá líderes políticos, organizações ambientalistas e a sociedade civil, terá lugar de 4 a 6 de junho de 2012 na cidade do Rio de Janeiro. Seus dois grandes temas serão a transição para uma “economia verde” e a erradicação da pobreza, e o marco institucional necessário para se atingir tais objetivos.
O lançamento foi realizado pela presidenta Dilma Rousseff, que declarou: "Com a inclusão de temas sociais como elemento essencial desta conferência, o mundo deu um grande passo ao reconhecer que o crescimento, sem a garantia de oferecer às populações direitos e acesso à riqueza que produzem, não será suficiente".
A Comissão Nacional para a chamada Rio+20 será dirigida pelos Ministérios do Meio Ambiente e das Relações Internacionais, e seu objetivo será promover o diálogo entre as esferas nacionais, estaduais e municipais, para definir as prioridades do Brasil na conferência. Já Comitê Organizador será responsável pelo planejamento e gerenciamento dos recursos para a cúpula.
Depois das recentes polêmicas envolvendo o pico de desmatamento na Amazônia, supostamente provocado pela iminente aprovação do novo Código Forestal, e a licença para a construção do polêmico projeto hidrelétrico de Belo Monte, o anúncio da conferência Rio+20 provavelmente busca melhorar a imagem do país e reafirmar seus compromissos com as questões ambientais.
Marco da história recente do ambientalismo, a ECO-92 convocou 172 governos de todo o mundo, unidos pela certeza de que as ações do homem estavam degradando a natureza e que era necessário proteger os recursos naturais, lutar contra a mudança climática global e buscar fontes de energia alternativas, entre outras metas. Entretanto, quase 20 anos depois, as negociações no marco da Organização das Nações Unidas continuam sem gerar um acordo vinculante para reduzir as emissões globais de carbono, que bateram um novo recorde em 2010.
Qual será o destino da nova Cúpula da Terra?
Fonte: discoverybrasil.com/treehugger (Descubra o Verde)
domingo, 19 de junho de 2011
O lixo e as nossas ações - parte 1
Em todos os períodos de chuva torna-se comum (infelizmente) a mídia noticiar desastres provocados por deslizamentos e transbordo de rios e córregos. No entanto, os problemas começam muito antes da primeira gota de chuva cair. Um problema que quero destacar é a falta de conciência da coletividade quanto a suas ações.
Já parou para pensar no que acontece com o lixo que é descartado de maneira irregular? Se o lixo recolhido pelos garis diariamente já provoca algum dano ambiental, quem dirá então no lixo que simplesmente jogamos em qualquer terreno baldio ou em um corrego. Esse lixo pode causar entupimento de boeiros, consequência: alagamento de ruas;
esse lixo é levado pelos corregos e rios, consequência: ocorrerá o acumulo em alguma curva do rio e o montante de lixo será gigantesco, principalmente se houver vegetação que ajude a represar o lixo;
mas se o lixo for arrastado até um banhado, o entulho arrastado pela correnteza irá se depositar ao longo do banhado, como a chuva também traz sedimentos estes farão com que todo o lixo, com o passar de pouco tempo, seja coberto e fique definitivamente fixado ao local. Todo o ecossistema do banhado será afetado com a degradação do local, poluição do charco d'água, desaparecimento de espécies nativas, enfim, o dano ambiental provocado pelas nossas ações, pelo aparentemente inofensivo e simples fato de não darmos ao lixo seu devido destino final causará uma catástrofe que poderá levar anos para ser reparado, isto é, se alguma medida for adotada para a reparação do dano!
Texto e fotos: Ricardo Assumpção dos Santos
Acadêmico de Gestão Ambiental
domingo, 5 de junho de 2011
5 de Junho, Dia Mundial do Meio Ambiente
O dia mundial do Meio Ambiente foi criado em 1972 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, marcando a abertura da Conferência de Estocolmo sobre Ambiente Humano.
Dês de então no dia 5 de Junho é comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, que chama a atenção e a ação política de povos e países para aumentar a conscientização e a preservação ambiental.
Alguns dos principais esforços em relação ao Dia do Meio Ambiente são:
Mostrar o lado humano nas questões ambientais;
Capacitar as pessoas a se tornarem agentes ativos do desenvolvimento sustentável;
Promover a compreensão de que é fundamental que comunidades e indivíduos mudem atitudes em relação ao uso dos recursos e das questões ambientais;
Advogar parcerias para garantir que todas as nações e povos desfrutem um futuro mais seguro e mais prospero.
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